-
Postado por: Carlos Henrique
Data: 20/09/2013Me chamou, eu atendo
O amigo jornalista Rondinelli Gonzalez criou uma baita polêmica no Facebook e me convocou a participar. Ele criticou os ataques ao vernáculo praticados pelo tal “Homem do tempo”, de cuja existência apenas agora tomei conhecimento, em decorrência da importância a ele conferida no debate. A verdade é que nossa profissão está total e absolutamente desmoralizada. Qualquer um pode obter registro profissional. E nem precisa comprovar que sabe ler, e muito menos escrever: basta assinar o nome e está de bom tamanho. A corrida só não é maior porque os salários pagos são absolutamente ridículos: qualquer vendedor de mariola ganha muito mais. O tal “Homem do Tempo” ofende, no entanto, apenas a Flor do Lácio, de Bilac, enquanto outros praticam atentados irresponsável e impunemente contra a dignidade das pessoas. E ainda são pagos para isso com dinheiro público.Minha amiga Lúcia Barros sugeriu que eu comentasse mais demoradamente o assunto no blog e não me furto a fazê-lo, embora consciente de que talvez acabe desagradando a alguns. Advirto porém não ser esta a intenção. Mas o certo é que mesmo escrevendo de forma sofrível, o “Homem do Tempo” tem obtido algum sucesso naquilo a que se propõe justamente por ocupar um espaço literalmente abandonado pela própria imprensa: o cotidiano, o público, a vida das pessoas comuns que integram a comunidade, praticamente alheias ao que acontece nesse nosso quase outro universo, centro de absolutamente todas as atenções da mídia. E a razão é bastante simples: aquela área imensa não remunera a mídia. Por isso somente é focalizada nos desastres, nos crimes, nas tragédias e nas estatísticas. Mais pelo que de incômodo possam causar a esse nosso outro mundo.Exemplos disso estão diariamente estampados em todos os veículos. Situações que afetam significativamente a vida de milhares de famílias da periferia apenas passam a existir para a mídia quando perturbam o centro. É como o chamado lumpem proletariado urbano. Uma multidão que habita o mesmo espaço sem que delas se tenha conhecimento senão pelas esporádicas intervenções dos órgãos públicos registradas pelos releases produzidos pelas assessorias de imprensa. São menores abandonados, filhos de pais em igual situação, que literalmente não existem oficialmente por não possuirem qualquer documentação ou registro. São noiados, flanelinhas, lavadores de carros, catadores, enfim, um monte de gente que somente passam a existir a partir do momento em que lhe incomodam. Ou riscam seu carro. Ou assaltam você. Ou pedem algum dinheiro. Ou tudo isso junto.Outro exemplo: quando desabou a BR-364 e o trânsito foi desviado pelos bairros Ulysses Guimarães, Marcos Freire, JK e Tancredo Neves, o assunto ocupou espaço permanente na imprensa. A capital ficou então sabendo dos problemas causados pelo tráfego pesado desviado para a precariedade da malha urbana daquela região. Reparada rodovia e corrigidos os problemas gerados naqueles bairros, não mais se ouviu falar deles, embora permaneça a precariedade original. Só quem aparece por lá é o “Homem do Tempo”, a serviço do programa de tevê de um deputado estadual. Ele sabe que dinheiro a região não rende, mas seu negócio é cabalar votos. E parece estar indo bem. Segue a linha pela qual já se elegeram por aqui muitos outros profissionais da imprensa razoáveis, que infelizmente se mostraram péssimos políticos.O certo é que o “Homem do Tempo” vai comendo pelas bordas e demarcando um território abandonado com seu Português precário que, vale lembrar, não é exclusividade sua. Os profissionais melhor preparados buscam sobrevivência nesse mercado pífio com a ocupação de espaço nas assessorias, onde vão produzir noticiário unilateral em releases que hoje ocupam totalmente a mídia. Não estão, claro, a serviço do leitor ou do jornalismo. Fazem exclusivamente a propaganda daqueles mais interessados na manutenção de seu nicho de poder econômico e político. Os demais, salvo as exceções de praxe, fazem aquilo a que já nos acostumamos.Convém ilustrar o que digo com o comentário postado hoje pela minha amiga Marlene Matos, assessora de imprensa da Prefeitura de Candeias do Jamari: “É, Carlos Henrique, infelizmente estou vivenciando isso com uma nota que saiu ontem no site News Rondônia, acrescentando o município de Candeias do Jamari na operação Miquéias da PF. Mal informados, eles não sabem que Candeias do Jamari é regido pelo Regime Geral de Previdência Social/INSS. Não é regime próprio. Analisando os outros sites, percebemos que somente neste estava incluso o município de Candeias do Jamari, parece que foi intencional, causando certo tumulto, haja vista a chegada de vários meios de comunicação na manhã de ontem na Prefeitura de Candeias, querendo saber se o prefeito estava preso. O site não sabe o dano que causou”.Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 19/09/2013Réus do mensalão:
COMEMORAÇÃO OU CADEIA?- No Brasil quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte.- Há homens que, por dinheiro, são capazes até de uma boa ação.
As frases, recolhidas aleatoriamente no imenso manancial de Nélson Rodrigues, prestam-se a emoldurar o desalento de tantos leitores com o dia seguinte – que, segundo Hélio Fernandes, sempre consegue ser um pouquinho pior do que a véspera – à aprovação dos tais embargos infringentes pelo Supremo Tribunal Federal.
De qualquer forma, a situação não é de total desesperança para a população, que queria ver imediatamente na cadeia os réus do mensalão, até para esgotar o assunto e ceder a vez para o próximo escândalo da fila, que parece ser o desvio de mais de R$ 400 milhões do Ministério do Trabalho. Mas também não e hora de comemorações precipitadas do governo e do partido dos mensaleiros.
Para começar, foi sorteado para relator dos embargos o ministro Luiz Fux, que votou contra sua aceitação e foi um dos mais duros no julgamento do mensalão. Depois, porque já começa a tomar corpo no STF a ideia de que, suprimidas as condenações por formação de quadrilha, que terão novo julgamento, todas as demais penas comecem a ser cumpridas imediatamente após a publicação do acórdão desta primeira etapa. Com isso Zé Dirceu, por exemplo, já começaria a dormir na cadeia, o que não deixa de ser um alento para a indignação geral. Os ministros Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes já se declararam favoráveis à medida. E até o autor do voto de Minerva favorável aos embargos, ministro Celso Melo, não poderá de se esquivar de apoiá-la.Ministro já chegou infringindoNesse vai-e-vem, merecem atenção as palavras do ministro Luiz Roberto Barroso, na discussão com Marco Aurélio Mello: “Eu então, infelizmente, não fui capaz de convencer Vossa Excelência, embora eu esteja convencido do acerto da minha posição. Feita a ressalva, que me parece pertinente em uma matéria complexa como essa, a verdade tampouco parece ter dono. Mas gostaria de dizer, em defesa do meu ponto de vista e sem demérito de nenhum ponto de vista, que eu, nesta vida, neste caso e em outros, como em quase tudo que faço na vida, faço o que acho certo, independentemente da repercussão...”A declaração do ministro passa a ter um significado mais lógico e fazer mais sentido quando confrontada com a comprovação de que o escritório de advocacia Luiz Roberto Barroso e Associados foi brindado pelo governo federal com um contrato de consultoria IN-011-3-0103, no valor de R$ 2 milhões e 50 mil - com direito a dispensa de licitação publicada no Diário Oficial da União no dia 12 de agosto. Pois não?Ainda sobre o voto de Gilmar Mendes, o articulista Augusto Nunes disse que “Ao invés de socorrer o estado de direito, o mais antigo ministro do STF estendeu a mão aos quadrilheiros”. Ele comentou o assunto começando por citar uma declaração do ministro: “Da maneira que está sendo veiculado, dá a impressão que o acolhimento vai representar absolvição ou redução de pena automaticamente, e não é absolutamente nada disso”.E disse que “ao votar pelo acolhimento dos votos infringentes, o decano do Supremo Tribunal Federal caprichou na pose de quem não está inocentando ninguém. Mas tornou inevitável a absolvição, daqui a alguns meses, de todos os mensaleiros condenados pelo crime de formação de quadrilha. Ao contrário dos que votaram pela condenação, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Carmen Lúcia e Rosa Weber não conseguiram enxergar uma quadrilha onde Celso de Mello, em agosto de 2012, viu o mais descarado bando de quadrilheiros que já contemplara em 43 anos nos tribunais.Poderia ter sido e não foiMas o mesmo Celso de Mello, como se constatou, também acha que todo réu absolvido por quatro ministros do STF pode valer-se do embargo infringente para ser julgado de novo. Julgado e, no caso, inocentado por um Supremo espertamente modificado pela incorporação de duas togas escaladas para socorrer companheiros em apuros. Com a chegada de Teori Zavaschi e Roberto Barroso, os quatro viraram seis e a minoria virou maioria. Assim, é mera questão de tempo o parto oficial do mais recente monstrengo jurídico do Brasil lulopetista: o bandoleiro sem bando.Segundo os ministros da defesa, os quadrilheiros do mensalão não formaram uma quadrilha. Como não houve quadrilha, tampouco existiu um chefe. José Dirceu, portanto, será oficialmente exonerado do cargo que exerceu enquanto chefiava a Casa Civil do governo Lula. Embora condenado por corrupção ativa (sem direito a embargo infringente), o guerrilheiro de festim sabe que acabou de livrar-se da prisão em regime fechado. Na hipótese menos branda, passará alguns meses dormindo na cadeia (e pecando em paz durante o dia).Ao prorrogar a velharia com nome de produto de limpeza, Celso de Mello decidiu que os votos de quatro ministros valem mais que a opinião de 70% dos brasileiros que sonharam com o começo do fim da corrupção impune. Para proteger um zumbi regimental, deixou a nação exposta aos inimigos do Estado de Direito. Se tivesse socorrido a democracia ameaçada, Celso de Mello mereceria ser nome de praças e avenidas em todo o país. Por ter estendido a mão aos criminosos, talvez tenha perdido até a chance de ser nome de rua em Tatuí, a cidade paulista onde nasceu, cresceu e vai desfrutar da melancólica aposentadoria reservada a todo aquele que poderia ter sido e não foi.Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 18/09/2013Confirmado:
Prefeito entregou viadutosO blogueiro errou. O prefeito Mauro Nazif oficializou sim, junto ao DNIT em Brasília, sua desistência do convênio que delegou à Prefeitura a realização do projeto dos viadutos em Porto Velho. Pode, contudo, até parecer brincadeira, mas as obras vão continuar, pelo menos por enquanto, exatamente onde estão. O documento, que ainda não publicado no Diário Oficial, chegou ontem ao conhecimento da Superintendência Regional do órgão em Porto Velho. Ele pede a transferência, para o governo federal, da responsabilidade pela execução do remanescente da obra. Mas até lá, muita coisa terá que ser acertada.
A confusão permanece, pois há muito o que ser esclarecido. A Prefeitura já declarou não ter a intenção de devolver dinheiro algum ao governo federal. Vai tentar demonstrar que tudo foi corretamente aplicado no projeto. Não é assim tão simples. Ninguém duvida da palavra prefeito, mas cada avaliação terá que ser criteriosamente analisada pelos técnicos do órgão. Ou seja: vai demorar um tanto para que o prefeito Mauro Nazif consiga se desfazer do verdadeiro mico que herdou de Roberto Sobrinho. E o município não tem como, nem o menor interesse de repor quase R$ 20 milhões suprimidos do total de recursos destinados à conclusão das obras, para pagamento à Camter – R$ 8 milhões – e à Egesa – entre R$ 12 e R$15 milhões.
Sobrinho pagou à Camter R$ 8 milhões pelo estaqueamento realizado fora das especificações do projeto. Pagou, porque a empresa entrou na Justiça e o processo iria impedir a realização de nova licitação. Mas a Egesa também recorreu ao Judiciário para receber o que considera lhe ser devido. A empresa apresentou sua última medição no valor aproximado de R$ 12 milhões, mas foi liberado o pagamento de R$ 1,2 milhão. Oficializada a desistência, o dinheiro terá que sair dos cofres já exauridos da Prefeitura, que pretende recorrer e diz ter condições de provar que quem lhe deve dinheiro é a Egesa. Simples assim.
Pior: uma vez protocolada a devolução, a Prefeitura terá prazo legal de 60 dias para comprovação do trabalho já realizado, do remanescente, e do dinheiro já investido e do que deverá ser devolvido. A partir daí é que os técnicos do DNIT começam sua avaliação. E pelo que aconteceu na administração anterior, não são nada boas as perspectivas de acatamento da argumentação de Mauro Nazif e equipe.
É importante salientar que o pessoal de Sobrinho praticamente implorou ao DNIT por ajuda. Os técnicos envolvidos com a obra queriam saber qual a solução para o problema. E a resposta foi lacônica: “Terminem a obra”. Eles riram, acreditando ser uma brincadeira. Não era. Como não havia dinheiro, tempo ou disposição para tanto, o ex-prefeito deixou o pepino para Mauro Nazif. Mesmo sabendo que não poderá escapar de prestar contas ao Judiciário. Que com certeza não será tão condescendente como foi a comissão de ética do PT. E o atual prefeito, que imaginava administrar os recursos para a conclusão da obra, será obrigado a devolver dinheiro.
E tem mais: o governador Confúcio Moura já declarou seu arrependimento por ter sido obrigado a se envolver no problema para ajudar o pessoal da Rua da Beira. A situação ali também reserva seu quinhão de dramaticidade. É que a execução do projeto resultou em um vício insanável na questão da drenagem. O declive foi aplicado ao contrário. A única solução será desfazer tudo ou, quem sabe cruzar a rodovia com uma galeria capaz de conduzir as águas pluviais até o igarapé na estrada do Japonês. Do jeito que está, afirmam os engenheiros, a região da Rua da Beira e do bairro da Lagoa voltará à configuração original: uma lagoa.
Aí o leitor pergunta: E os viadutos? A única resposta que me ocorre é esta: Só Deus sabe.Mensalão:
Para não virar pizzaObservadores afirmam que caso o ministro Celso Mello vote hoje pela aceitação dos tais embargos infringentes, ele o fará depois de defender a tese a favor do cumprimento imediato das penas que não poderão ser revistas. Esta poderá, na opinião do juiz Pedro Pozza, do Rio Grande do Sul, uma “saída honrosa” para que o STF não fique totalmente desmoralizado junto à opinião pública. Eis o texto divulgado pelo juiz:Sustentei dias atrás neste blog haver motivos mais do que suficientes para que o Ministro Celso de Mello, decano do STF, vote pelo descabimento dos embargos infringentes na ação penal do Mensalão.A tendência, entretanto, segundo se especula, é de que o voto seja pela admissão desse recurso, o que, ainda que não faça o STF cair no precipício, como vaticina o Ministro Marco Aurélio, causará um enorme descrédito perante a sociedade brasileira que, quando das condenações anunciadas no ano passado, imaginou que a Justiça brasileira deixara de condenar apenas “pretos e pobres”, como se diz no jargão popular, alcançando também os poderosos, em especial os políticos que até então estavam a salvo da legislação penal brasileira por força do foro privilegiado.Há, todavia, uma saída para o STF, a fim de que possa mitigar ao menos em parte a decepção que porventura venha a causar com a admissão dos embargos infringentes, e que é perfeitamente admissível sob o ponto de vista jurídico, e imperiosa, do ponto de vista politico (aqui se usa a palavra não como a atividade partidária – sentido pejorativo -, mas como uma dos predicativos atribuídos ao STF, que a despeito de não ser uma Corte exclusivamente constitucional, é acima de tudo um Tribunal politico, porque sua missão precípua é a de guarda da Constituição.Com efeito, os embargos infringentes, se admitidos, poderão ser interpostos apenas por alguns réus. Assim, aqueles que não poderão valer-se desse recurso nada mais terão a fazer, a não ser interpor novos embargos declaratórios, sabidamente usados, nos Tribunais superiores, unicamente para postergar o trânsito em julgado.Portanto, como ocorreu no caso Donadon, o STF poderá, na sessão de amanha, reconhecer antecipadamente o trânsito em julgado da decisão condenatória dos acusados que não podem interpor os infringentes, determinando sua prisão imediata.O mesmo poderá ocorrer, aliás, com quase todos os acusados que poderão valer-se dos embargos infringentes, pois esse recurso só poderá ser manejado contra a condenação pelo crime de formação de quadrilha, e não pelos demais crimes, para os quais não houve ao menos quatro votos pela absolvição.No caso de José Dirceu, por exemplo, se tiver sucesso nos embargos infringentes, o máximo que poderá ocorrer será a redução de sua pena de dez anos e dez meses para sete anos e nove meses de reclusão, na hipótese de a condenação por formação de quadrilha – dois anos e onze meses de reclusão – ser afastada integralmente.Ou seja, mesmo que José Dirceu tenha êxito nos embargos infringentes, restará incólume a pena de sete meses e onze meses de reclusão. Assim, nada obsta a que o cumprimento dessa pena seja iniciado de imediato, lógico que em regime semiaberto. Se depois os embargos forem rejeitados, a pena voltará a dez anos e dez meses, e o ex-ministro cumpri-la-á integralmente, inclusive o tempo necessário em regime fechado.O mesmo poderá ocorrer com vários outros acusados, salvo aqueles que, na hipótese de sucesso dos infringentes, possam obter pena inferior a quatro anos de reclusão, o que poderia viabilizar a substituição por penas restritivas de direito. Lembro, ainda, que o réu Marcos Valério, mesmo que tiver sucesso nos infringentes, conseguirá afastar apenas a condenação por formação de quadrilha, persistindo ainda as demais penais, que juntas somam mais de trinta e sete anos de reclusão, que cumprirá de qualquer forma em regime fechado.Lembro mais, que decisão do Superior Tribunal de Justiça nesse sentido poderia permitir inclusive que tenha início o processo de declaração da perda do mandato da Câmara dos Deputados, em relação aos acusados detentores de mandato junto a essa casa legislativa.
Tal solução não seria absurda, e poderia enviar à sociedade a mensagem de que o STF continua atento aos clamores do povo, sem violar a ordem jurídica vigente. Basta para isso um requerimento do Ministério Público Federal ou a iniciativa de qualquer dos Ministros, em especial do Relator, Ministro Joaquim Barbosa. Desta forma, se admitidos os embargos infringentes, o STF tem como fazer do limão uma limonada. Basta querer.Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 17/09/2013FESTA COM PIZZA
A Assembleia viveu a manhã de ontem em clima de festa e com forte aroma das mais saborosas pizzas. Só faltaram balões coloridos. Duas notícias justificavam a felicidade da moçada. A primeira veio com a denúncia contra a deputada Ana da Oito formulada pelo Ministério Público, que encontrou, apenas no contrato de compra e venda de seu mandato registrado em cartório, subsídios para justificar a ação penal. Os demais parlamentares indiciados no inquérito da Operação Apocalipse ficaram de fora. A outra, a publicação no Diário Oficial do Tribunal de Justiça, da suspensão das ações penais contra os deputados Jean Oliveira, Saulo Moreira e Ana da Oito (ela está em todas), enquanto durarem os respectivos mandatos, conforme decretos legislativos da Assembleia.Os demais envolvidos na Operação Termófilas seguirão na mesma esteira. Até o deputado Zequinha Araújo, cujo pedido de suspensão foi negado pelo Diretório Estadual do PMDB, vai conseguiu se safar do processo graças à solicitação apresentada por outro partido. E, pelo andar da carruagem, não vai ser preciso nem reunir a Comissão Processante da Assembleia para investigar as denúncias da Operação Apocalipse. Que nem conseguiu ser formada. Só ficou a deputada Ana da Oito, para a qual basta ser decretada uma suspensão mais pesada, talvez um “gancho” de 60 dias e estará tudo bem. Quem sabe ela seja punida também com um advertência verbal o tipo: “Vamos livrá-la só mais esta vez. E que não se repita!” Pois é assim que funciona. Cobrança, mesmo, só nas eleições do ano que vem. Mas não convém guardar lá muitas esperanças.A propósito da manifestação do Ministério Público no inquérito da Operação Apocalipse, seguido do anúncio dos advogados dos deputados dando conta de que vão processar os delegados, vale à pena reproduzir a opinião equilibrada postada no Facebook pelo professor Rubens Oliveira da Silva, da Unir . Ele lembra que “a Polícia trabalha com indícios. Quem deve avaliar as provas é o Ministério Público, para oferecer denúncia. No caso em análise, o fato de não ter havido denúncia contra três deputados, não significa que não tenha havido indícios sobre eles, da autoria dos crimes que eventualmente tenham sido indiciados. Tanto que havia indícios sobre eles que o Poder Judiciário rondoniense concedeu o afastamento de suas funções, por prazo determinado”.- Até então – continua ele - a imprensa nada falou sobre a decisão judicial pelo afastamento dos deputados e a concessão de mandados de prisão, de busca e apreensão contra diversos suspeitos da Operação Apocalipse. Não foi a Polícia Civil quem afastou os deputados. Foi um Juiz de Direito. Se houve erro no afastamento deles (Deputados), que se procure punir quem os afastou, até mesmo porque Delegado de Polícia não tem o poder da cláusula de reserva judicial, consistente no afastamento dos parlamentares de suas funções ou concessão de mandados de busca e apreensão, bem como a decretação de prisão preventiva de suspeitos.- Outrossim, importante impender que o servidor público, no exercício de suas funções, não pode ser responsabilizado pessoalmente por seus atos, a menos que tenha agido com dolo ou culpa. Isso porque no Brasil adota-se a teoria do órgão, segundo o qual as pessoas jurídicas expressam a sua vontade através de seus próprios órgãos, titularizados por seus agentes (pessoas humanas), na forma de sua organização interna. Em caso de eventual dano ao administrado, cabe a ele processar o Estado, não o servidor pessoalmente. A responsabilidade do Estado é objetiva. O servidor só será punido acaso seja provada a sua culpa ou dolo, em ação regressiva do próprio Estado, isso a posteriori.Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 16/09/2013DENÚNCIA:
Nazif não devolve
viadutos ao DNITNão passou até hoje, pelo menos para a Superintendência Regional do DNIT, de conversa do prefeito Mauro Nazif o anúncio feito há meses dado conta da devolução das obras inacabadas dos viadutos de Porto Velho. Não devolveu. Ficou apenas no discurso. Até hoje não se tem notícia de qualquer documento do prefeito para consolidar a devolução. Pode ser sintoma de absoluto despreparo da administração municipal para o trato com os órgãos federais, que exige mais do que um telefonema ou visita a Brasília para efetivar uma medida desse tipo. Mas também pode significar a mais absoluta má fé, um verdadeiro atentado contra os interesses da população. O certo é que as obras não avançam um único milímetro este ano. E a persistir o descaso do prefeito, no próximo também não.Técnicos do DNIT estão inclusive preocupados com a questão. É que com o início da temporada de chuvas, as obras inconclusas serão muito mais afetadas, elevando o custo do remanescente. Além do que não foi realizado, será anda necessário recuperar o que se perdeu. Mauro Nazif deve ter imaginado que bastava informar ao DNIT que não queria mais prosseguir com as obras e pronto. Mas é preciso prestar contas do que se fez, de quanto foi gasto, quanto resta dos recursos destinados às obras e quanto falta realizar. É preciso documentar tudo isso. A legislação estabelece prazo de 60 dias, após oficializada a desistência para a efetivação de tais procedimentos, a partir do qual, caso nada apareça, pode ser desencadeada pela CGU uma tomada de contas especial.A menos que a Prefeitura se disponha a restituir à União os recursos aplicados de forma equivocada ou simplesmente volatizados no caminho. Não parece, definitivamente, ser uma hipótese plausível. Devolver dinheiro? Piada. Pode ser também que o prefeito tenha protocolado o documento em Brasília, coisa da qual não se tem conhecimento ainda por aqui. Mas é igualmente possível que ele tenha retardado deliberadamente o procedimento, à espera de condições, digamos, mais favoráveis, dentre elas, quem sabe, um clamor popular que poderia forçar uma saída política para o caso em ano eleitoral?Se assim for, fica explicada a insatisfação manifestada pelo prefeito com o governador Confúcio Moura por ele ter assumido as obras da Rua da Beira. Ninguém conseguiu entender porque diabos o prefeito reclamou ao invés de agradecer por ter se livrado daquela verdadeira batata quente. Mas é claro que se o DER não intervisse, a situação estaria verdadeiramente insustentável. Os protestos teriam se avolumado, com repercussão até na mídia nacional, o que iria facilitar a intervenção do DNIT nas obras por determinação de um presidente que admite tudo, menos perder votos. Pode ser, mas é uma vergonha. Ou a mais absoluta falta dela. O caso, com o perdão do prefeito, cheira a trapaça.Assistam a esse vídeo
Senão pelo amor de seus filhos, façam-nos pelo amor de Deus. Assistam ao vídeo da Dra. Damares Alves no You Tube. Ela é procuradora da Câmara Federal e exibe as provas da criminosa imposição de verdadeiras barbaridades às nossas crianças nas escolas, por conta do MEC e do Ministério da Saúde. É criminoso, revoltante, ignominioso, trágico e apavorante o que estão fazendo com nossas crianças. A ideia é privar os brasileiros, desde o berço, do menor senso de decência. Os professores são obrigados a pedir às crianças que escondam os livros dos pais. E os pais, preocupados em ganhar a vida, confiam a vida dos filhos às escolas. Pois estão errados. É preciso fiscalizar. É preciso reagir contra o que está se processando no âmbito escolar.Querem contaminar pela via sexual qualquer perspectiva de dignidade de nossa próxima geração. Querem uniformizar por baixo, praticamente implantando a evolução ao contrário. Atenção senhores pais, fiscalizem as mochilas escolares de seus filhos. Não se assustem com o que poderão encontrar. Estou apavorado. Se tenho alguma credibilidade junto aos meus amigos e leitores, peço que acessem ao vídeo. E compartilhem, pelo amor de nosso futuro como nação.
Reinaldo AzevedoFui homenageado, dia desses no Facebook, por alguém que, na tentativa de ofender, me classificou como aluno do articulista de Veja, Reinaldo Azevedo. Não havendo o que explicar sobre tão estapafúrdia “acusação”, limitei-me a responder “Quem dera!”. Na verdade, faço um grande esforço para quem sabe um dia escrever quase tão bem quanto ele. Reproduzo aqui, com o perdão do autor, um artigo do brilhante jornalista sobre Caetano Veloso e seu apoio aos baderneiros mascarados, que coincidentemente também lamentei. Leiam o artigo que aqui reproduzo e avaliem, por favor. É importante até para ilustrar um pouco os milhares de “jornalistas diletantes” que habitam e se divertem nas as redes sociais demonstrando gostar de escrever, mesmo sem ao menos tentar aprender.Lá vou eu falar de Caetano Veloso… Já dei uma palhinha. Em sua coluna no Globo de domingo, ele volta a se referir a mim e aos leitores deste blog. Vamos ver. É bem verdade que Caetano abre seu texto afirmando que gostaria “de ter tido tempo para refletir antes de escrever”. E acrescenta: “Mas aconteceu o contrário”. Isso quer dizer que escreveu primeiro e deixou para refletir depois. Pois é… Antes de criticar um internauta que deixou um comentário nesta página, ele observa: “E lembrando que Paulo Francis dizia que quem escreve cartas para a redação é doido”.Francis, de fato, disse isso. Estranho é ver Caetano citando-o em seu socorro. A única vantagem de envelhecer é a memória — para quem a conserva. Os mais moços talvez não saibam e é possível que muitos já nem se lembrem mais. Em 1983, o cantor entrevistou Mick Jagger, dos Rolling Stones, para o programa Conexão Internacional, da extinta TV Manchete. Francis viu e não gostou. Escreveu um texto a respeito. Se vocês lerem o original, verão que até fez alguns elogios a Caetano, dizendo-o melhor do que Jagger e reconhecendo-lhe talento, mas não perdoou algumas batatadas. Escreve: “É evidente, por exemplo, que Mick Jagger zombou várias vezes de Caetano na entrevista na TV Manchete. O pior momento foi aquele em que Caetano disse que Jagger era tolerante e Jagger disse que era tolerante com latino-americanos (sic), uma humilhação docemente engolida pelo nosso representante no vídeo”.Caetano ficou furioso. Muito bravo mesmo! E respondeu com esta grandeza e superioridade: “Agora o Francis me desrespeitou. Foi desonesto, mau-caráter. É uma bicha amarga. Essas bonecas travadas são danadinhas”. Acho que, hoje, Jean Wyllys o acusaria de homofobia — se bem que o deputado já afirmou o mesmo a meu respeito só porque eu discordei dele. Francis retrucou então:
“Duas sorridentes cascavéis deste caderno me comunicaram hoje que Caetano Veloso me agrediu numa coletiva. Outro tema de debate: cantor de samba fazendo show vale uma coletiva? Por quê? Bem, fiz críticas culturais ao estilo de personalidade de Caetano, o flagelado milionário de ’boutique’, servil como um escravo diante do condescendente Mick Jagger. São críticas, certas ou não, mas culturais. Qual é a resposta de Caetano? Diz que sou uma bicha amarga e recalcada. É puro Brasil. Ao argumento crítico, o insulto pessoal. Mas o insulto é o próprio Caetano. Afinal, o que ele quer dizer é que sexualmente sou igual a ele, e usa isso como insulto.”Retomo
No texto, ESCRITO HÁ TRINTA ANOS, Francis se referia a Caetano como aquele que “fala de tudo com autoridade imediatamente consagrada pela imprensa, que é mais deslumbrada do que o público em face dele.” Segundo o jornalista, ele havia se transformado num “totem”. Leiam: “[Caetano] prefere fazer o que chamei outro dia de ‘maltrapilho estilizado’. Simbolizar a miséria raquítica do baiano e interiorano brasileiro, para efeito de mero consumo visual, enquanto muito agradavelmente acaricia as fantasias de amor ilimitado que fazem o narcisismo da classe média confortável no Brasil, um conforto por que pagam cerca de 100 milhões de brasileiros no nosso ‘Alagados’ nacional”. Na mosca!Volto aos dias de hoje
Caetano está bravo comigo porque eu o esculhambei por ter posado para aquela foto fantasiado de “black bloc” e convocando os cariocas a sair mascarados às ruas. O Sete de Setembro, como se viu, ficou entregue aos violentos e aos vândalos. Se alguma esperança havia de que a “voz das ruas” pudesse melhorar o Brasil (nunca foi a minha, como vocês sabem), ela se esvanecia definitivamente ali. Eis a grande obra dos que, a exemplo de Caetano, se negaram a fazer a devida distinção entre protesto e arruaça fascistóide. O ex-totem, no entanto, tem a coragem de escrever que “os black blocs fazem parte”. De quê?No texto do Globo, escreve Caetano: “Um comentário de acompanhante de famoso blog direitista (o do Reinaldo Azevedo, que, não sei por que, se alegra em fazer sucesso com aquele tipo de plateia) protesta contra a manobra ‘esquerdista’ da TV Globo ao pôr no ar, no ‘Fantástico’, reportagem sobre a espionagem americana no Brasil. Para ele, a TV Globo é um veículo da conspiração comunista internacional. O que, para nós brasileiros, soa mais estapafúrdio do que as reiteradas afirmações de Olavo de Carvalho sobre o ‘New York Times’, que ele retrata como uma espécie de braço do movimento comunista. A Globo, que os blogs de esquerda — e muitos manifestantes de rua — chamam de líder da mídia golpista (…).Há 30 anos, como viram, Francis já notava a desenvoltura com que Caetano falava sobre qualquer assunto. E ele, parece, é bem mais desenvolto quando fala sobre o que não entende, quando põe a sua ignorância específica a serviço de seus admiradores — que suponho em número dramaticamente decrescente. Aos 41, quando ele se enfurecia com um crítico, disparava: “Bicha amarga! Boneca travada!”. Aos 71, adequado ao espírito destes tempos, manda ver: “Direitista!”.Caetano diz não saber por que eu me alegro “em fazer sucesso com esse tipo de plateia”. Que tipo? Este blog foi acessado quase 300 mil vezes na quinta, quase 200 mil na sexta. Há comentários para todos os gostos e leituras as mais diversas. Boa parte dos meus textos passa longe do debate ideológico, embora eu, de fato, não me negue a fazê-lo. Ao contrário. Provoco o confronto de valores. Não sei a que comentário exatamente ele se refere e o que disse o leitor. Certo ou errado, Caetano o toma como exemplar. E ainda aproveita para dizer tolices também sobre Olavo de Carvalho. Não sei o que escreveu o comentarista, mas sei o que eu escrevi sobre as reportagens de Glenn Greenwald, o que reitero agora: não se provaram nem a espionagem contra Dilma nem a espionagem contra a Petrobras.Ele poderia tentar demonstrar que estou errado. Reproduzo trecho da matéria sobre a empresa: “Não há informações sobre a extensão da espionagem, e nem se ela conseguiu acessar o conteúdo guardado nos computadores da empresa”. Escrevi, então, um post com as minhas restrições.O que pensa o leitor? Sei o que eu penso! Glenn Greenwald, embora americano, é de um antiamericanismo fanático e está construindo um castelo de conspirações a partir de meras suposições. Não confio em quem divulga dados que foram roubados e tem como parceiro um ex-agente da CIA refugiado na… Rússia. A minha desconfiança vira desprezo quando este senhor Greenwald é capaz de escrever um artigo justificando os atentados terroristas ocorridos em Boston. Palavras suas:
“Por mais profunda que você reconheça ser a perda sofrida pelos pais e familiares das vítimas, é a mesma perda experimentada pelas vítimas da violência dos EUA. É natural que não se sinta isso tão intensamente quando as vítimas estão longe e são quase invisíveis, mas sentir essas mesmas coisas em relação aos atos de agressão dos EUA corresponderia a percorrer um longo caminho que leva a uma melhor compreensão do que eles são e dos resultados que produzem”. Sei o que eu escrevi. E eu sinto asco dessa abordagem de Greenwald e de seu fanatismo — daí que não dê três tostões furados por seu “trabalho”.Eu e Olavo
Caetano não conhece a crítica de Olavo a certa imprensa americana como não conhece a minha — ou não falaria tanta bobagem. Há uma gigantesca diferença entre apontar a inflexão à esquerda de veículos de comunicação ou de emissoras de TV e afirmar que são “braços do movimento comunista”, buscando reduzir, mais uma vez, a crítica política e cultural a uma caricatura — caricatura feita por um desinformado. Em duas semanas, a novela “Amor à Vida”, por exemplo, fez merchandising pró-aborto, proselitismo estúpido contra a internação de dependentes e em defesa da antipsiquiatria — a principal responsável por haver milhares de brasileiros pobres jogados nas ruas, sem leitos psiquiátricos — e cantou as glórias do programa “Mais Médicos”. Não, Caetano Veloso! Ninguém acha que isso faz da Globo um “braço do comunismo internacional”, mas é preciso ser supinamente estúpido para ignorar que esses valores têm um determinado pedigree ideológico. Apontá-lo, quando se conhece o assunto, é um dever.Caetano deve andar por baixo, bem por baixo. Olavo e eu não fazemos parte do showbiz. Ele é um filósofo. Eu sou apenas um jornalista. Mas é fato que nos atacar excita a fúria da cachorrada, que sente cheiro de sangue. Caetano está cortejando as plateias petistas. Durante um bom tempo, ele foi considerado suspeito aos olhos da esquerda — e por maus motivos para elas e bons para eles. Este senhor não cedeu à tentação de ficar fazendo metáfora mixuruca para resistir à ditadura. Mesmo quando eu tomava borrachada na rua — porque metáfora não derruba ninguém, afinal… —, admirava-o por isso. Bem poucos talentos sobreviveram à arte engajada. Não é que, aos 71, Caetano regride a uma tolice que talvez não tenha tido nem aos 17?Referindo-se ao artista de tempos idos, Francis encerrava assim aquele artigo de há 30 anos: “(…) pego uma paráfrase de Eliot de uma paráfrase de outro autor e encerro: ‘Mas isso foi em outro país e aquele rapaz morreu’”. Caetano diz não saber por que eu me alegro em “fazer sucesso com aquele tipo de plateia”. É? E quem pode se alegrar em fazer sucesso com um tipo de plateia que acha legítimo que pessoas saiam mascaradas às ruas para depredar patrimônio público e privado? Que tipo de plateia? A minha certamente é composta de gente que trabalha, de gente que estuda, de gente que não enfia a mão no dinheiro público, de gente que garante a arrecadação que faz a felicidade de alguns “artistas” que hoje só conseguem produzir financiados pelo capilé estatal.Eu me orgulho dos meus leitores de cara limpa, senhor Caetano Veloso, e não preciso ficar lhes puxando o saco ou correndo atrás de tudo quanto é novidade para que me achem interessante. Muitos deles sabem o quanto me criticaram por jamais ter me deixado tomar de encantos pelas ruas — nem mesmo quando a popularidade de Dilma despencou. Eles não vêm buscar aqui a reiteração do que já sabem. Eu não vivo de um personagem, entendeu?Caetano escreve também uma coisa curiosa: “O fato é que compro sempre uma “Veja” e uma “Carta Capital” para ler no avião (…) preciso saber o que dizem os chamados dois lados para poder me manter centrista aqui.” Pfuiii…É mau leitor da VEJA se acha que a revista é de direita é e mau leitor da Carta Capital se acha que a revista é de esquerda. Eu, à diferença de Caetano, não fico administrando a minha opinião para “ser” alguma coisa em particular. Simplesmente penso o que penso com as informações que consigo obter e me deixo orientar por valores. Até porque os piores facínoras encontram defensores entusiasmados, alguns até de talento.Clique aqui e comente
Parceiros
Artigos
- Nota pública
- Xô Mosquini
- Desabafo de Lenzi
- Concessão da BR-364
- Delegado Camargo
- Taxa de juros
- Os truques do diabo
- Coronelismo de Chaves
- Cegueira
- Ponte binacional
- Euma Tourinho
- Mariana X Euma
- Judô Universo
- Judô Universo
- O vôo de Lira
- Kamala Harris
- Sérgio Moro
- Desigualdade
- O Ocaso do MDB
- Medicina Integrativa
- Holocausto
- Aborto
- BR-319
- Festival Judô Universo
- A história não pode
- Jus Consultare -
- Operação da PF no Acre
- Jus Consultare
- Licitare
- Zoneamento
- Dia das Mães
- MDB - convenção
- Feliz ano novo!
- Caos na Saúde
- Novo Ministro STF
- Pimentel - vice
- Mudanças
- Reforma tributária
- Novos advogados
- Malabarismo
- Empatia
- Pimentel
- O império do absurdo
- Farsa contra o DNIT
- Máximo candidato
- Roupa suja no HB
- Saúde pública
- Denúncia HB
- Operação Dissimulação
- Nióbio e Grafeno
- Lavanderia HB
- Moro contrariado
- Abuso de autoridade
- Técnico deixa o DNIT
- Energisa
- Microimposto
- Gaspari - Janot
- Incompetência
- Viva a vida
- Lula e o xadrez
- Recado aos advogados
- Rodovia da morte
- Energisa - II
- Revolução de 64
- Energisa
- Resposta Detran
- Viu isso, Detran?
- Carnaval do Candiru
- Detran - Asno de ouro
- Ricardo Boechat
- Miguel de Souza
- Será o expedito?
- Guerrilha das esquerdas
- Bolsonaro acerta uma
- Temer é um lixo
- Fenaj acusa Globo
- Maurão em Vilhena
- A banalização da
- Boataria
- Quebra-pau no MDB
- Perfil do eleitor
- Cidadania em festa
- Artigo Elton Assis
- Lago Maravilha
- Cursos caça níqueis
- Ponte de Abunã
- A supressão da defesa
- Auxílio alimenta crise
- Teoria do caos
- Redução do mínimo
- Não sou vidente
- Avião de Molina
- Sai a grama, entra o
- PJe sem internet
- Confúcio Moura
- Demissões na Prefeitura
- Idiotia litúrgica
- Transposição II
- Transposição
- DNIT garante conclusão
- Jogos intermunicipais -
- Dividir para governar
- Nazif protegeu Sobrinho
- Nazif x Sobrinho?
- Tragédia anunciada - II
- Obras da BR-425
- Ponte de Abunã - II
- MPF pode parar ponte de
- E agora, Nazif?
- A história se repete
- Demissão no DNIT
- Fale agora
- Conta outra Catta Preta
- Tragicomédia
- Ponte de Abunã
- Constituição agredida
- Obrigado Reinaldo
- Porto Schuelo
- Euma Tourinho
- Valeu Miguel
- Marina e Aécio
- Propaganda enganosa
- Paralisação no DNIT
- Lei penal
- A ignorância e a burrice
- Advogado produz
- Portaria escancara Brasil
- Licença para matar
- Ficha Limpa
- Reeleição na ALE
- Roteiro da violência
- Ponte do Madeira
- Badernaço
- Começou a sangria
- E agora Brasil?
- Reconstrução
- Constituição agredida
- Reconstrução e
- Ponte de Abunã
- Viadutos só em julho -
- Iluminação da BR-364
- Eleições em Rondônia
- Bueiro inteligente
- Ética relativa
- Transposição
- A morte do capitão
- Propaganda enganosa
- A realidade cubana
- Transposição
- Maurão e Hermínio
- Indignação
- Professor protesta
- Transtorno bipolar
- Incongruências
- Evo quer U$ 5 bi
- Farra da pós
- Zé Dirceu deprimido
- Mentira
- DPVAT: quem ganha?
- Assalto programado
- Fim do embate
- Assédio moral
- Bata quente
- Governo de Todos
- Dia do jornalista
- Espaço Alternativo
- Elefantíase
- Discurso de Dilma
- Ficha suja
- PSD cala Hermínio
- O sonho de Padre Tom
- General denuncia Unasul
- Dilma e o Ibope
- Confúcio candidato
- Bolsa Família
- Liberada a BR-421
- Dane-se Rondônia
- O direito e a trapaça
- Casamento marcado
- Lula cala Evo
- Sabe quem disse isso?
- Assédio moral na ALE
- Enchente ajuda ponte
- Amorim desafia Hermínio
- Um presente para o leitor
- Usinas paralisadas
- Cumplicidade escancarada
- Usinas do Madeira
- Tragédia anunciada
- Caldeirão do diabo
- Desabastecimento
- Padre Ton
- Porto Schuelo
- Crime e Castigo
- Pizzolato volta?
- Despreocupação de
- Céu nublado no Planalto
- Genoíno deixa o Incor
- Juiz libera maconha
- É político? Pau nele!
- Adote um preso
- Quem representa você?
- As boas chances de
- Impactar é preciso
- Tô de volta
- TJ assusta Hermínio
- Lula: agente do Dops
- Conflito no Incra
- Operação Apocalipse
- Confúcio candidato
- Investimento no Porto
- Acertos do PT
- Confúcio candidato?
- Ponte Brasil-Bolívia
- Ministro pede cassação
- Terror e guerrilha
- Guerrilha em Rondônia
- Greve de caminhoneiros
- Basta de amadorismo
- Eleições no PT
- Ponte binacional
- Viadutos só em julho
- Ponte da BR-319
- Nova empresa em Jirau
- Uma análise perfeita
- Tem mais na fila
- Eleições 2014
- Praias do Madeira
- Lula e a máfia da
- Carta-bomba
- Uninas devem R$ 3 bi
- Camargo nega saída
- Voto nulo
- Mudança em Jirau
- Refeição de Sarney
- Ponte de Abunã
- Lula, PT e PCC
- Ponte de Abunã
- Indam adverte
- Fecomércio
- De Cutubas e Pelecurtas
- Dignidade e respeito
- Falta vergonha
- Miguel assume Gestão
- Raupp garante ferrovia
- Ana da Oito fica
- Hidrelétricas do Madeira
- Ponte será aberta
- Digníssimo filho
- Me chamou, eu atendo
- Réus do mensalão
- Confirmado: Nazif
- Festa com pizza
- Denúncia
- Donadon e o STF
- Nem medo, nem vergonha
- Gargalos da Sesau
- Garçom inocentado
- Censura ou defesa?
- Distância, Taborda
- De novo o velho
- Imprensa quer negociar
- A vingança de Dilma
- Complexo do Madeira
- Gasolina vai subir
- Amnésia seletiva
- Escravos de jaleco
- Amorim protesta
- Leitora cobra
- Denúncia
- Hélia Piana
- A questão indígena
- Revalida médico
- Hermínio depõe na
- Denúncia
- Nao vai dar certo
- Goebel ataca blogueiro
- Novo afastamento
- O Eco da verdade
- A bancada da cana
- Rodovia da morte
- Reprodução
- Reprodução
- Operação Apocalipse
- Rodovia da morte
- Hermínio volta
- Triste realidade
- Vaga no TCE
- Conta outra Nazif
- Semana decisiva
- Veto do PCCR
- Hermínio negocia
- Nepotismo cruzado
- Nepotismo Cruzado
- Apocalipse
- Nota do MP
- Apocalipse
- Ninho de marajás
- Conpiração
- Será que vai dar pizza?
- Cunhado é parente?
- Operação Apocalipse
- Operação Apocalipse
- Apocalipse
- Operação Apocalipse
- Guga errado
- Fim dos cubanos
- Caos anunciado
- Começo do fim
- Hermínio foge do povo
- Leitores desafiam
- Data venia, procurador
- PEC 37: UMA FRAUDE?
- Rejeitada a PEC 37
- João Ubaldo Ribeiro
- Mentira
- Semob vende tapa-buracos
- Manifestação é festa
- Teima, mas teme
- Português no PMDB
- DNIT x Prefeitura
- Teimosia ou burrice?
- Fogo amigo
- Hermínio fica no PSD
- Crise militar
- Inspeção na Saúde
- Funai avança em RO
- Emendas
- Cuidado com o
- Grevista protesta
- A lei dos grevistas
- Público e privado
- Energia pode subir
- MP da morte
- Escândalo na Assembleia
- Ceron quer o fim dos
- Dilma desconversa
- Escravidão cubana
- Asfalto urbano
- Deputado pirata
- Desabafo de médica
- Médicos Cubanos geram
- General no telhado
- Caerd se recupera
- Funai não dá bola
- Médicos cubanos
- A nostalgia das ossadas
- FEFA ameaça
- Denúncia
- Fraude na Mega Sena
- Governador pede ação
- FEFA RESISTE
- Cobertor curto
- Fim do FEFA
- Procurador candidato
- Dívida do Beron
- Farra dos comissionados
- Caos Penitenciário
- Cadeia nele
- Caos penitenciário
- 14º e 15º salários
- Sistema prisional
- Os banzeiros - parte VI
- Os banzeiros e a
- Farra dos Comissionados
- Assembleia: farra dos
- Roubalheira
- PCCS da Assembleia
- Prefeituras inadimplentes
- Prefeito joga sujo
- Petrobrás fatiada
- A mentira de Hermínio
- Hermínio aplica golpe
- O grande trabalho do PT
- Conflito agrário
- Conflito Agrário -
- Conflito Agrário (Parte
- Médicos a favor do
- Operação Terra Limpa
- Petista ataca blogueiro
- Confúcio quer
- Transposição
- Os banzeiros e a
- Chacareiros
- Vai para o lixo
- Dívida do Beron
- Ano de Rondônia
- Falecimento
- Escândalo
- Assembleia nega
- Dilma faz o diabo
- Ministério dos
- Mordomia na Assembleia
- MORDOMIA
- Censura
- Pagamento
- Dívidas dos estados
- O analfabeto
- Os banzeiros e a
- A festa do PT
- Transposição - II
- Transposição
- Não há crise política
- Linhão não sai
- Auxílio reclusão
- Jovem acadêmico
- Novo porto ganha 110 ha
- Carnaval da inoperância
- Então, Baú?
- Conversa fiada
- Cabide na Fiero
- Engula o choro,
- Fiero: bandalheira
- Os banzeiros e a
- A marquise fica?
- Protocolo
- Os banzeiros e a
- Os banzeiros e a
- Marquise fica
- "Liberdade"
- Ponto dos médicos
- PT em crise
- Perigo - gênio
- Calma Nazif
- Imprensa apoia
- João Paulo II
- Viva Donadon
- Enriquecimento ilícito
- Viva Donadon
- Deu no Diário
- MPF blogueira bens de
- Imobilismo
- Duas visões
- Feliz ano novo
- Plantão do TCE
- SINIAV
- Olha aí, seu Zé
- Um Haddad "do bem"
- INDÍCIOS
- Boa notícia
- Retrospectiva
- Obrigado governador
- E agora Baú?
- Troféu Cascata de Ouro
- Boa notícia
- Petralhada
- Baú fugiu
- Os rolos de Lula
- Mãe Hermínia
- Leitor elogia blog
- Marcos Valério
- Tiro no pé
- Sai daí Baú!
- Degola na Assembleia
- Conspiração
- Cara de pau
- Médico protesta
- Assembléia demite 800
- Hermínio e o jogo
- Consciência Negra
- Acir Gurgacz
- Joaquim Barbosa
- Sobrinho não mente
- Vocação econômica
- Parceria na Sesau
- "Mensalation"
- Manifesto dos alemães
- Mudança na Sesau
- Boa notícia
- Prefeitura enxuta
- Operação Pretória
- Desfaçatez sem limites
- Populismo midiático
- Lewandowski
- Impeachment
- O PT e o mensalão
- Debate na TV
- Exército pode assumir
- Leitor reclama
- Novela dos viadutos
- PT repudia Garçom
- Eleição - 2º turno
- Eleição na capital
- A lei do poder
- Operação Pretória
- Viadutos
- Frases de efeito - Lula
- Assessora admite erro
- Dá tudo na mesma
- Sonhos, visagens ou
- PHAmorim confirma
- Folha da Assembléia
- Tá na internet
- Governo paga Plano de
- Transposição eleitoral
- Radar pistola
- Precatório do Sintero
- Fechando o cerco
- Agora é prá valer
- É prá rolar de rir
- Ética dos outros
- Pode tomar todas
- PMDB é mãezona
- Impugnações no MPE
- Supersalários
- Assembléia na Rio+20
- Transparência já(mais)!
- Me inclua fora dessa
- Transparência:
- Mário Português muda
- Pau na Assembléia
- Deu em O Globo
- A farra das esquerdas
- Para pensar
- Árvore genealógica
- Pobre Rondônia
- Quadrilha dos vereadores
- Dversão e arte
- Máximas
- Propaganda antecipada
- Incrível
- Mãe Lula
- Coisa de louco
- Pau no DNIT
- Eleição no Sinjor
- Prostituição
- Euclides Maciel
- Os Trapalhões II
- Perguntinhas
- Mala pesada
- Filosofia de privada
- A arte de engolir sapos
- Anjo do dinheiro
- Julgamento do mensalão
- Reforma da BR-364
- Cassação comemorada
- Realidade contesta
- PC do B
- Pobre Epifânia!
- Rondônia no SBT:
- Operação Termófilas
- Corrupção eleitoral:
- Greve na saúde
- BR-364 - Agora a
- DE MÃE PARA MÃE
- DNIT licita
- Servidores da Sedam
- Desculpas esfarrapadas
- Concurso da Sefaz/2010
- Alzheimer
- Delta é sinônimo de
- Jogo duro
- Leitor pergunta se
- O inferno de Sobrinho
- Aprovada a CPI:
- Quem pode com Zé Dirceu?
- Tem que ser mulher e do
- Eleitor de Garçom
- Licitação da BR
- Torneira Mecânica
- Confirmada ação pela
- Servidores do DNIT
- Mão dupla
- Traição anunciada
- Dar o rabo é bonito.
- OAB orienta sexo seguro
- TESTE
- TESTE