Postado por: Carlos Henrique
Data: 08/11/2012

Boa notícia:
Pimentel assume Sesau.
Só falta marcar a posse

            O governador Confúcio Moura confirmou em Brasília a indicação do atual secretário de Saúde de Porto Velho, Williames Pimentel, para o cargo de secretário de Estado da Saúde. A indicação foi selada durante encontro mantido pelo governador com o senador licenciado Valdir Raupp, deputada Marinha Raupp, o senador em exercício Tomás Correia e o próprio Pimentel.

            Muito prestigiado em Brasília, Pimentel teve seu trabalho reconhecido no município, embora durante a campanha todos os candidatos tenham misturado as coisas e criticado o desempenho da Semusa. Foi aquele um dos raros setores da administração municipal que funcionaram.

            Na verdade, um dos grandes problemas por ele enfrentados no município foi a incorporação à clientela do município de um grande contingente de pessoas que deixaram de pagar planos de saúde “meia boca” (aqueles que oferecem os serviços, principalmente consultas e exames, pela tabela da AMB) e passaram a recorrer aos postos de saúde.

Sobrinho agora confirma:
viadutos serão devolvidos
à administração do DNIT
            O prefeito Roberto Sobrinho desdisse o que vinha dizendo e anunciou, em entrevista, que vai mesmo desistir da delegação concedida pelo DNIT e devolver o projeto do jeito que está. Ou seja, nada do que Nazif tem dito, sobre licitar o remanescente do projeto em pequenos lotes para prestigiar pequenos empresários locais da construção civil, poderá ser realizado.

            Fica valendo então o que já foi dito aqui: o DNIT vai assumir a obra, responsabilizar Prefeitura, o prefeito Roberto Sobrinho, secretário Israel Xavier e a empreiteira EGESA por eventuais danos ao erário e seguramente celebrar convênio com o Exército para apressar a conclusão.

            Ao prefeito eleito sobram duas alternativas. A primeira será usar sua condição de ainda deputado para reverter a decisão do DNIT de não mais autorizar a delegação de obras às Prefeituras para evitar a repetição de problemas como os de Porto Velho. A outra é cair na real, esquecer o assunto e parar de falar como deputado.

Em tempo:

1 – As coisas não andam nada boas pelas bandas da Fiero. A reeleição de Denis Baú vai acabar na justiça, por um caminhão de irregularidades.

2 – O julgamento de Cassol por abuso do poder econômico e político nas eleições de 2010 está na bica de sair. Fátima Cleide deve estar exultante.

3 – A presidência da OAB está fazendo tudo para transformar o rolo dos precatórios do Sintero em prerrogativa dos advogados. Se conseguir, fica claro que a categoria tem os dirigentes que merece.

4 – Levantei uma questão no Face book: a suspensão dos direitos políticos de um condenado significa a supressão de seus direitos de cidadão? Se sim, fica também suspenso seu direito constitucional à libre manifestação do pensamento? Peço ajuda aos universitários.

5 – O DNIT está lançando o edital para a continuação das obras da BR-425 – Abunã - Guajará, abandonadas pela Delta. O projeto já foi concluído e as obras recomeçam no início do ano, com o fim do período chuvoso.

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 06/11/2012

Roberto promete entregar
Prefeitura enxuta a Nazif.
Pode ser, mas tá difícil
            Está no jornal: o quase ex-prefeito Roberto Sobrinho assegura que vai entregar uma Prefeitura azeitada, limpa, suave e perfumada como um vinho rosé novo de Provence ao deputado Mauro Nazif. Se ele pretende realmente fazer isso é outra história, até porque, a julgar pelas palavras do prefeito eleito, o passado não lhe será cobrado. I ministério público, porém, não pensa exatamente assim. Mas, como disse o ex-presidente Lula em uma de suas brilhantes frases de efeito, “o futuro será melhor amanhã” (?).

            Roberto Sobrinho disse que se Mauro Nazif resolver assumir o remanescente das obras dos viadutos, “só vai pegar o filé”. Basta consultar qualquer empreiteiro, contudo, para saber que isso só poderia acontecer se o boi tivesse mais de um corte do tipo, pois dali já foi chupado até o tutano dos ossos. Não fosse assim, os técnicos da Prefeitura não estariam ainda desesperados para encontrar uma saída capaz de conduzir o fechamento das contas do convênio celebrado com o DNIT de forma “amigável”.

            Nazif dá entrevista como prefeito eleito, mas fala como deputado, ao dizer que vai concluir as obras dividindo o remanescente em pequenos trechos para prestigiar os empreiteiros locais. Não dá. Se mantiver o convênio – o que vai exigir uma nova negociação com a direção do DNIT, já que o atual prefeito já foi a Brasília para cancela-lo, ele terá que licitar a totalidade do remanescente, respeitando o que está no PAC.

            Caso contrário, o DNIT assume o remanescente, levanta os custos, responsabiliza Prefeitura e Egesa pelos prejuízos aos cofres públicos e muito possivelmente entrega a conclusão da obra ao Exército, para evitar nova e demorada licitação. Aí, ao invés de degustar o filé, Mauro Nazif teá que pagar o pato.

Ação entre amigos

Meu amigo Adaulton, proprietário do concorrido restaurante Estação Mineira, uma das melhores cozinhas de Porto Velho, está empenhado na promoção de uma “ação entre amigos” para sortear um tablete e alocar fundos destinados a buscar no Haiti os filhos de uma funcionária. Belo gesto.

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 01/11/2012

Operação Pretória:
OAB não foi alvo na operação da PF.
Investigação só envolve seu presidente

            Apesar da nota liberada pela OAB, continua muito pesado o clima por lá. É que embora nada exista contra a entidade, seu presidente está envolvido até o pescoço na investigação do escândalo dos precatórios. É claro que ele tem o direito constitucional de negar, de assegurar a própria lisura em sua atuação junto ao Sintero e até recorrer à tal presunção de inocência.

            Mas a verdade é que a justiça não libera um mandado de busca e apreensão sem uma argumentação consistente. Diz a nota da OAB que “a sede da Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil não foi alvo de ação de busca e apreensão de documentos na operação desencadeada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, 31. Ao contrário do que alguns sites de notícias mais apressados divulgaram desde as primeiras horas, deixando a notícia no ar até por volta do meio dia, a OAB Rondônia não foi incluída no mandado de buscas”.

            Pelo sim, pelo não, acho recomendável realizar uma nova lavação na entrada do prédio. Mas desta vez com sal grosso.

A propósito:

Pretória era o nome oficial da capital administrativa da África do Sul. O nome foi mudado para 2005 para Tshwane, que significa “Somos todos iguais”. Fico com a nítida impressão de que há alguma maldade na escolha do nome da operação pela Federal.

Candidatos devem
usar transporte coletivo

            Ao analisar os resultados das eleições em São Paulo, Élio Gaspari adverte que a renovação de que o PSDB precisa e que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vocalizou é de nomes mas, sobretudo, de ideias. Não só de propostas novas, mas sobretudo de uma faxina nas velhas, demofóbicas.

            Os candidatos do PSDB deveriam, segundo ele, ser obrigados a usar a rede de ônibus todos os dias, durante pelo menos uma semana. A experiência valeria mais que sete seminários com ex-ministros tucanos reapresentando ideias de um governo que acabou em 2002.

            Ele se baseia no fato do transporte coletivo ter influenciado significativamente no resultado das eleições paulistas. Russomano começou a cair quando inventou a tal da tarifa progressiva: paga mais quem usa mais. Como quem mais utiliza o transporte público é o trabalhador, está explicado o fracasso.

  Pois é. Por aqui, Miguel de Souza se antecipou. Foi o único político a percorrer as ruas da cidade de ônibus, para conhecer de fato o problema e buscar soluções. Todos os demais somente conhecem transporte público por ouvir dizer. Pode ser que a solução apareça. Torço por isso. Mas não creio.

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 31/10/2012

Desfaçatez sem limites
PT quer empossar Genoíno
mesmo condenado pelo STF

            A argumentação do partido é do mais puro pragmatismo. Afinal, devem demorar ainda alguns meses até que aquele negócio da “dosimetria” da pena seja finalmente definido pelo Supremo e ele possa ocupar seu merecido espaço na cadeia. Isso pode? Pode, pois a sentença ainda não está transitada em julgado.

            Mas é mais uma clara manifestação do mais escandaloso desprezo pela opinião pública e por tudo aquilo que o PT pregou pelos quatro cantos do país para chegar ao poder. Se bem que aquela história de pureza ética, se já existiu, o partido nem se lembra. Caso contrário não teria se aliado desavergonhadamente a Paulo Maluf na campanha em São Paulo.

            A verdade é que o PT não se considera punido. Como já disse aqui, seu raciocínio não incorpora os parâmetros e balizamentos legais que normatizam a convivência democrática. Simplesmente por não terem qualquer compromisso com a democracia, nem com o estado de direito. Tudo isso é mero instrumento, como já foi a imprensa que hoje demoniza e a Igreja Católica, para chegar ao poder. Um fim, que no entendimento dos dirigentes partidários, justifica os meios, quaisquer que sejam eles.

            Pior é que muita gente acredita. Pela esperança de também levar alguma vantagem nessa falta de vergonha. Ou porque é burro mesmo.

Alguma esperança

            Será também empossada pelo PT mineiro na Câmara Federal a ex-reitora da UFJF, Margarida Salomão, que disputou e perdeu a Prefeitura de Juiz de Fora. Extremamente competente, Margarida Salomão poderá fortalecer a bancada mineira e oferecer algum combate à sandice paulista que controla o partido. Acho que o mais provável é que ela acabe sendo expurgada. Caso isso venha a ocorrer, ela certamente será recebida com festa por qualquer partido.

I am who i am

             É possível que o ministro Ricardo Lewandowski, relator do mensalão, considere que o pedido de desculpas do mesário paulista, que o hostilizou mandando-o abraçar José Dirceu e negou ter trocado seu nome para "Liberandowski", seja um remédio para aplacar o repúdio nacional por sua conduta como advogado de defesa dos réus. Não é.

   Lewandowski, que seguiu até mesmo a cartilha petista ao responsabilizar a imprensa pelo episódio, continua firme na defesa de seu procedimento. “Sou quem eu sou”, afirma ele, como a exibir uma coerência que se tem não pratica. Ministro do Supremo, ele poderá, claro, continuar a ser o que é, mas seguramente não terá mais a boa vida de antes, quando era naturalmente festejado aonde chegasse. A realidade é outra. A cada duas pessoas que ele notar conversando, sempre vai pensar que uma delas estará descendo o cacete nele. E mais: sua família certamente não haverá de ser poupada. É o preço da fidelidade.

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 29/10/2012

“Populismo midiático” é
tema de palestra na OAB
        Pode ser que não. Mas não deixa de ser suspeita a abordagem de um tema que cala tão fundo no coração dos petistas justamente quando José Dirceu et caterva se preparam para uma temporada, que espero bastante longa, na cadeia.

            Pois é. No momento em que Zé Dirceu anuncia sua disposição de posar como um inocente e injustiçado preso político e desqualificar o Supremo pela condenação, disparando apóstolos para todo o país com sua pregação, eis que chega a Porto Velho o ex-juiz, advogado e professor Luiz Flávio Gomes, para uma palestra no “Seminário de Valorização da Advocacia” promovido pela OAB.

            Ele vai falar sobre “Populismo Midiático no Julgamento do Mensalão”, segundo o release distribuído pela Assessoria de Imprensa da OAB. Vai “fazer uma abordagem do ponto de vista de que alguns réus do Mensalão são verdadeiros ‘bodes expiatórios’, com a proposta de dissecar o significado desse adjetivo”.

            E mostrar “quem está sendo sacrificado para ‘purgar’ os ‘pecados’ de lideranças maiores ou de grandes grupos empresariais e ainda o populismo midiático na cobertura do caso”. Será que Lula vai ser finalmente denunciado justamente aqui, em Rondônia?

            Provavelmente não. Advogados ligados à chapa de oposição asseguram, porém, que esta será mais uma demonstração incontestável da partidarização da OAB no estado, que estaria cada vez mais vinculada ao PT e à CUT, conduzida pela indissociável veia sindical do atual presidente. Resta verificar.

Velha piada atual

        Diz uma velha piada que lideranças do PT participaram de um encontro mundial sobre a fome. Foram selecionadas cinco representações para responder à seguinte pergunta:

        – Como racionalizar, na opinião de vocês, a falta de comida no resto do mundo?
        Os africanos não entenderam o que era "comida".
        Os asiáticos, o que era "opinião".
        Os europeus não entenderam o que era "falta de comida".
        Os americanos, o que era "resto do mundo".
        E os petistas, o que era "racionalizar”.

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