Postado por: Carlos Henrique
Data: 26/10/2012

“Dosimetria” de Lewandowski:
Ministro já inocentou Ivo Cassol
mas não pode julgá-lo desta vez

A palavra é esquisita mas, já que Supremo gostou, resta aos mortais adotá-la para não deixar passar a moda

            Ao mesmo tempo em que transforma Joaquim Barbosa em uma versão tupiniquim do Batman, com sua imensa capa preta, o anedotário nacional identifica no ministro Ricardo Lewandowski a personificação do mal, em função de suas, no mínimo estranhas, manifestações em clara defesa dos réus do mensalão. Uma escancarada ambiguidade, que condena os menos poderosos, mas inocenta com veemência o chefe da quadrilha, Zé Dirceu.

            Sua atitude, porém, não deveria surpreender o público rondoniense, pelo menos aquela fatia reduzida de boa memória. Uma tira que circula na internet apresenta o ministro conversando com Barbosa sobre ter encontrado seu motorista completamente nu no armário do quarto, explicando que o demitiu na mesma hora, mas inocentou a mulher por falta de provas.

            Foi mais ou menos o que aconteceu por ocasião do julgamento do recurso de Ivo Cassol ao TSE contra sua cassação pelo TRE rondoniense. Ele foi condenado pela mais clara, descarada, estapafúrdia, estúpida e burra compra de votos “jamais vista na história deste país”, termo imortalizado pelo verdadeiro chefe da quadrilha do mensalão, Luiz Inácio Lula da Silva.

            Foi na campanha pela reeleição de Cassol em 2006. Foram depositados R$ 100, na conta de cada um dos 800 funcionários da empresa

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de segurança privada pertencente ao candidato a senador Expedito Júnior, da mesma chapa de Ivo. Condenados pelo TER com a perda do mandato, ambos recorreram ao TSE.

            Ali aconteceu a manifestação da dosimetria descalibrada de Lewandowski. Para comprovar que a arte realmente imita a vida, sua excelência manteve a condenação de expedito Júnior (o motorista nu), mas desempatou a votação em favor do recurso de Ivo Cassol (a esposa inocente). Embora senador, Expedito Júnior não tinha bala na agulha para defender sua inocência com a mesma veemência (?) e acabou perdendo o mandato.

            Ivo Cassol está para ser julgado por outro processo de abuso do poder econômico e político em sua eleição para o Senado, quando contratou o pastor, bispo, apóstolo ou seja lá o que diabo for, Valdomiro Santiago para um verdadeiro showmício, que reuniu milhares de pessoas em Rolim de Moura e foi transmitido pela tevê do próprio Valdomiro e pelas várias de emissoras de rádio do ex-governador. A coisa foi tão escancarada que uma gravação do showmício foi inserida no programa eleitoral de Cassol.

  Uma coisa é certa: se levado a julgamento, o que se espera deva ocorrer nos próximos dias, Cassol será condenado e punido com a perda do mandato e oito anos de inelegibilidade. É certo também que o caso vai para o TSE, onde Lewandowski não tem mais assento. Mas é lá que a coisa vai pegar. Se afastado, Cassol abre espaço no Senado para a petista Fátima Cleide. O senador certamente vai jogar todas as fichas (e não são poucas) para permanecer no cargo. Mas Fátima é do PT e muito importante para a bancada e o próprio governo Dilma.

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 25/10/2012

Impeachment:
deputados criam pano de fundo
para derrubar Hermínio Coelho

                Enquanto o deputado Hermínio Coelho organiza, serelepe, uma grande festa para reunir os servidores da Assembleia nesta sexta, dia do servidor público, evento que pretende transformar em um grande comício em favor da eleição de Mauro Nazif, o ex-presidente da Casa, deputado Neodi Oliveira, articula a mudança do Regimento Interno para voltar ao cargo em 2013. A mudança exige dois terços dos votos e Neodi garante já possuir 13 dos 16 necessários.

                Entusiasmado com o sucesso da festa que ofereceu com dinheiro público e impunemente aos servidores na quinta-feira que antecedeu o primeiro turno das eleições, quando apresentou e pediu votos para sua candidata, a vereadora Mariana Carvalho, o presidente da Assembleia quer repetir o feito. Ele parece contudo não perceber que Neodi articula a própria recondução ao cargo, usando como pano de fundo um movimento destinado a pedir o impeachment do governador Confúcio Moura.

                A ideia é usar a pretextada votação do impeachment para apresentar e imediatamente votar a mudança do regimento, de modo a possibilitar o cancelamento da reeleição do presidente, efetivada por Valter Araújo quando era o dono da bola. Neodi quer porque quer voltar à Presidência, que poderia lhe garantir a reeleição em 2014. E, dissimuladamente, açula a imensa vaidade de Hermínio, além de confiar em seu escrutínio limitado, acenando com a perspectiva de ocupar o lugar de Confúcio Moura.

                É claro que isso não seria possível, já que existe um vice-governador na parada. Mas a ambição de Hermínio pode leva-lo a crer num futuro brilhante sem qualquer esforço ou competência, até porque foi o que aconteceu na Assembleia, quando chegou à Presidência pela imensa sorte de estar no local certo e momento oportuno. Claro que o vice era ele. Claro também que o governo tem condições de abafar de imediato qualquer movimento dos deputados com a simples liberação de emendas parlamentares.

  Nada disso, no entanto, parece obstacular os planos de Neodi e seus seguidores. Afinal, quando nada, cada um deles pode sair do episódio com generosas emendas parlamentares liberadas para garantia de um fim-de-ano repleto de alegrias. E mais emendas poderão sair para a aprovação do orçamento/ 2013.



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04-03-2023 11:03

Comentario: sp3bi1

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 24/10/2012

         De Cuba e xambioá ao mensalão:
      a evolução do pensamento petista

            O ex-presidente Lula disse em João Pessoa (PB), ao participar de comício do candidato do PT a prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que entrou e saiu do governo "pela porta da frente". Seria um conselho aos “cumpanhêro” condenados à prisão no julgamento do mensalão?

            A prosseguir por este raciocínio, seu discurso fica bastante elucidativo, especialmente quando recomendou a Cartaxo que, ao montar sua equipe, nunca nomeie "alguém que você não pode tirar". Seria o caso dos ministros nomeados por ele para o STF, que não aceitaram suas pressões pelo engavetamento do processo.

            Luiz Inácio se diz “deprimido” com o resultado do julgamento. Melhor seria dizer assustado, especialmente porque se, inconformado com a cadeia que lhe foi destinada, Marcos Valério resolver contar tudo para dividir com ele cela da prisão.

            É realmente curiosa a indignação dos mensaleiros com os resultados do julgamento. Cada um parece realmente ter certeza da própria inocência e não há voto laudatório de ministro que o convença do contrário.

            A única explicação possível remete a um caráter de formação revolucionária, de absoluto desprezo aos princípios e parâmetros institucionais. Uma consciência formada em Cuba e Xambioá – onde José Genoíno denunciou todos os participantes da guerrilha, entregou todo o mundo, criando já naquela época o sistema de delação premiada para se livrar da tortura.
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Segundo o historiador Matias Mendes, militar à época e testemunha ocular do fato, Genoíno saiu do episódio sem levar nem mesmo um só tabefe.

            Seu conceito de Justiça ficou, a partir daí, moldado pelo repúdio à legislação burguesa, porque nascida de poderes sem legitimidade, instituídos à revelia do pensamento revolucionário. Tal pensamento ainda se mantém hoje como linha mestra de ação do PT no poder, onde somente existe o pecado das elites, da imprensa e, principalmente, do STF, que se recusaram à admissão de seus dogmas.

            Talvez por isso encarem com naturalidade a revisão da anistia, para julgar exclusivamente os crimes praticados pela repressão, considerados justificáveis e até heroicos aqueles originados na guerrilha, no terrorismo, nos sequestros, assaltos e “justiçamentos”.

            Somente assim se pode explicar a cara de vítima com a qual cada um deles encara o veredito do Supremo e a perspectiva de cadeia. Eles não reconhecem legitimidade nas leis do País. Tomara que não sejam misturados aos pobres bandidos, presos por crimes comuns como homicídios, estupros e tráfico. Eles poderão ser novamente contaminados, como foram aqueles outros, dos tempos da ditadura, o que acabou dando origem a empreendimentos e organizações como o PCC.

            Lula, é claro, não teve formação revolucionária nem treinamento de terrorista em Cuba nem conheceu os campos de Xambioá. Envolveu-se com o grupo e deixou-se conduzir por puro oportunismo. É claro que, com isso, ficou muito, muito rico.

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 23/10/2012

Debate na TV:
Nazif ameaça excomungar Garçom
            Alguém deve ter orientado equivocadamente o candidato Mauro Nazif para incorporar um personagem durante sua apresentação nos debates que, agora, cada emissora de TV se sente no direito de promover para alavancar audiência e faturar (mais) algum na campanha.

            Definitivamente não combina com o estilo cordato e generoso do parlamentar o Mauro Nazif que aparece agressivo e arrogante no vídeo, como se fosse candidato a uma vaga de vilão numa das novelas das emissoras.

            Foi assim no debate da Rede TV e muito mais forte no debate da Record. Se continuar assim, o candidato Garçom deve se precaver e substituir a assessoria por seguranças, pois seguramente vai acabar apanhando ao vivo no último encontro, na Globo.

            Pensei que tivesse sido apenas eu, mas muita gente observou o estranho comportamento de Mauro Nazif, que chegou até mesmo a se arvorar de detentor exclusivo do apoio Divino e condenar Garçom a arder no fogo do inferno.

            Não sei qual foi o pecado de Garçom, mas deve ter sido coisa forte. Mauro, contudo, age como se fosse segredo de confessionário, embora ameace repetidamente o opositor com uma excomunhão. Para o eleitor, contudo, vale o que está na tela: se ainda candidato Mauro, o que não poderá fazer se assumir o poder?

            Já disse aqui que o eleitor suporta muita coisa do candidato. Menos arrogância. A continuar por esse rumo, Mauro Nazif pode trazer até a seleção, com Neimar e Cacá, para uma pelada na 7 de Setembro em apoio à sua candidatura que o fracasso será inevitável..

  Para desespero do PT, que tem o maior interesse em sua eleição, já que o primeiro suplente da coligação PT/PSB que elegeu Mauro é o ex-deputado Anselmo de Jesus, do PT. Que, aliás, está para ser convidado a sair, “para tratar de questões de ordem pessoal”, do governo Confúcio.

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Postado por: Carlos Henrique
Data: 22/10/2012

Exército pode, sim,
concluir viadutos

            Meu amigo Alan Alex, responsável por uma das mais prestigiadas colunas publicadas em Porto Velho, equivocou-se ao afirmar que Garçom falou bobagem por dizer que vai pedir ao DNIT para chamar o Exército para acelerar a conclusão das obras dos viadutos em Porto Velho. Não falou.

            Embora seja necessária a realização de um estudo detalhado para levantar o chamado remanescente das obras, termo técnico para definir o que ficou por fazer, o DNIT vai assumir a administração do problema e deve convidar o Exército a realizar o trabalho através de um de seus batalhões de engenharia e construção.

            E pode, sim, ser realizada a contratação direta, sem licitação, por tratar-se de um órgão público. Tudo fica ainda mais fácil pelo fato do diretor do DNIT ser um general com anos de atuação no setor de engenharia do EB.

            E mais: a obra integra o PAC e, portanto, tem que merecer atenção prioritária. Isso, claro, não chegou a deixar a menor ruga de preocupação no prefeito Roberto Sobrinho. Mas apavora o pessoal de Brasília que, todos sabem, enfrenta até o cão para não encontrar pela frente dona Dilma irritada, o que, aliás, deve ser mais ou menos a mesma coisa.

            Com relação às pendências, Prefeitura e Egesa serão devidamente responsabilizadas e serão obrigadas a ressarcir a União.

Colunista condena Acir Gurgacz

            No que depender do jornalista Carlos Moraes, que se apresenta como formado em Marketing e pós-graduado em gerenciamento de cidade e assina a coluna Fatos & Boatos publicada no Estadão, o senador Acir Gurgacz pode preparar a bagagem para voltar a Rondônia ao final de seu mandato de senador, em 2014.

            A advertência, publicada no domingo, decorre de um grave problema gerado pela direção do Diário da Amazônia, que não autorizou uma permuta com a coluna de uma assinatura do jornal.

            Sei não. Cada qual tem lá suas razões e a autoestima do colunista merece ser considerada. Mas, convenhamos, é muito fogo prá pouca lenha. A assinatura semestral do jornal custa R$ 150,00 e pode ser parcelada.

  Está certo que o Senado anda com a cotação meio baixa. Mesmo assim, é uma avaliação muito vil para o mandato do senador. A menos que o colunista pretenda matar o senador de rir. O melhor que o dileto Carlos tem a fazer é adquirir uma assinatura e deixar espaço na coluna para escrever outras bobagens.

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