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Postado por: Carlos Henrique
Data: 28/06/2012Quadrilha dos vereadores
Câmara de vereadores
apronta mais uma e livra
Sobrinho de condenação do TCQue ninguém se engane: os vereadores que, sorridentes, votaram pela inocência do prefeito Roberto Sobrinho na condenação pelo TCE das contas da Prefeitura no exercício de 2010, em momento algum pensaram que isso poderia vir a comprometer o sucesso de sua campanha pela reeleição.
A relação custo/benefício é amplamente favorável aos interesses dos vereadores. É óbvio que cada um saiu da sessão mais fortalecido financeiramente para as eleições. E a indignação popular, já manifestada nos comentários postados nos diversos sites de notícias da cidade aponta para uma reação amplamente favorável aos atuais vereadores: anulação do voto.
É bom deixar claro que a redução do número de votos válidos beneficia àqueles que, como os atuais integrantes da edilidade, têm consolidados seus currais eleitorais e dinheiro para gastar. Ou seja, mais uma justificativa para o riso desavergonhado exibido durante a votação. Especialmente porque será ampliado o número de vagas para aquela verdadeira festa de São João.
Não sou jurista, mas na opinião de Sepúlveda Pertence, reconhecido como profundo conhecedor do assunto, “o crime de quadrilha se consuma, em relação aos fundadores, no momento em que, aperfeiçoada a convergência de vontades entre mais de três pessoas, e, quanto aqueles que venham posteriormente a integrar-se ao bando já formado, no momento da adesão de cada qual. Parece ser esse o caso do legislativo mirim (e bota mirim nisso) de Porto Velho.
Os resultados nefastos dessa associação criminosa prefeito/vereadores podem ser identificados nas muitas insatisfações manifestadas pelo público em relação aos serviços municipais. O recolhimento do lixo urbano, por exemplo, provoca revolta e indignação geral contra a empresa Marquise. O serviço até poderia ser melhorado, mas a voracidade dos sócios impostos à empresa para viabilizar a celebração do contrato acaba por comprometer o trabalho.
A mesma coisa ocorre em relação aos custos das tarifas do transporte coletivo urbano. O preço é exorbitante e o serviço precário. Mas a composição dos custos incorpora um “adicional” a ser destinado religiosamente aos sócios beneméritos do empreendimento, que todo o mundo sabe quais são.
A esperança está nas eleições. Porto Velho precisa eleger um prefeito comprometido com a qualidade dos serviços a serem prestados ao município. Que possua já demonstradas competência e capacidade. As mesmas credenciais devem ser exigidas dos candidatos a vereador.