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Postado por: Carlos Henrique
Data: 23/02/2019Detran - Asno de ouro
Detran concorre ao troféu
"asno de ouro"
Você sabia que constitui infração de trânsito a concentração de álcool por litro de ar alveolar 0,05 a 0,33 mg/l (etilômetro)? Não? E "ar alveolar" ou "etilômetro", sabe? Não? Então você é forte candidato a contribuir para a elevação dos índices já estratosféricos de acidentes de trânsito no estado, segundo a campanha "educativa" do Detran, que distribui um panfleto destinado exclusivamente aos motoristas capacitados com noções básicas de bioquímica.Não se conhece a autoria da peça, pelo que o troféu "asno de ouro" deverá ser conferido à própria autarquia, pela consagradora demonstração de como gastar inutilmente o dinheiro público. Alguém precisa explicar ao diretor geral do órgão, coronel Aldrin Faria Gonzaga e à diretora adjunta, sargento Benedita Aparecida Oliveira - que parece ser quem fala (muito) pelo órgão -, que a população espera dos titulares dos cargos públicos um pouco mais que honestidade e firmeza de propósitos. Isso, aliás, é obrigação, não mérito. E, no caso específico do Detran, espera-se muito além de saber marchar de passo certo, respeitar a hierarquia e bater continência. É preciso competência e profissionalismo.Se ela não consegue entender porque, posso desenhar. Consta, por exemplo, que toda a experiência da diretora adjunta limita-se à administração de uma autoescola em Ariquemes. Será que ela tem noção de que o órgão, embora autárquico, integra um conjunto na governança do estado? Será que alguém a terá informado que campanhas educativas ridículas como esta mantém inalterados os índices de acidentes que superlotam os corredores do João Paulo II? Ou que a economia que o órgão faz com a produção amadorista tipo "homemade" ou "prata da casa" repercute em gastos fantásticos do governo na área de saúde? E em imenso desgaste político para o governo?E mais: não percebe ser esse mesmo amadorismo o responsável pelo municiamento (disso ela entende) da oposição na Assembleia, que já identificou ali fragilidade suficiente para para classificar o Detran como órgão meramente arrecadador? Tem ideia de quanto isso vai custar para a imagem do Detran, ou realmente acha que o cidadão, que sente no bolso o peso das taxas, não vai acreditar nos deputados? Espera-se que ela consiga reunir respostas adequadas para seu discurso na solenidade de outorga do troféu. Ou da sua despedida, que parece inexorável, após breve passagem pelo cargo.
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Nome: Andreia Santana24-02-2019 13:02
Comentario: Apesar do Detran utilizar termos técnicos, todo tipo de orientação é válida, o grande problema são os Centros de Formação de Condutores que não informam como são as nomenclaturas corretas dos equipamentos, quantas vezes uu já oi i
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Nome: josé domingos da silva24-02-2019 13:02
Comentario: Eu acredito que a grande maioria das pessoas que possuem habilitação entenderam a mensagem, no entanto alguns condutores, não conhecem a palavra etilômetro, aparelho vulgarmente conhecido como bafômetro, não se mede o FABO de ninguém, e sim o nível de álcool no organismo que é medido quando o condutor assopra o aparelho e esse gás sai dos alvéolos pulmonares. Se a mídia parece de falar errado com certeza as pessoas saberiam identificar a mensagem que foi passada.
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Nome: Carlos Henrique25-02-2019 10:02
Comentario: Da Redação:Imagino que os leitores José Domingos da Silva e Andréia Santana, que comentaram matéria sobre o órgão publicada pelo Blog do CHA, sejam servidores do Detran. Respeito sua opinião, mas esclareço que não é, definitivamente, válido o uso de termos técnicos na veiculação de mensagens que se espera publicitárias. Como se verifica claramente que não são profissionais da área, os servidores não têm a obrigação de saber disso. Acontece que o recado precisa ser simples e direto para ter eficácia. O motorista tem que saber até instintiva e inconscientemente que não pode beber nem mesmo um copo de cerveja se for dirigir. Não importa se isso pode ou não interferir na classificação do "etilômetro" ou bafômetro, até porque os efeitos do álcool sobre o organismo humano é, comprovadamente, diferente para diferentes pessoas e até para a mesma, na dependência do momento. O problema maior é que o primeiro copo estimula e abre caminho para os próximos. Por isso o lema do AA é "Evite o primeiro copo", ou a primeira dose. A ideia vale também para os motoristas. Outros servidores se manifestaram sobre o assunto em diferentes grupos do WhatsApp. Alguns, de forma desrespeitosa, sugeriram que eu esteja à procura de cargo ou a serviço de quem está. Não vou responder. Por enquanto. Mas sugiro que procurem saber mais a respeito deste jornalista. Vão perceber que não costumo escrever bobagens
